Post Malone sente mais autoconfiança com tatuagens
Sobre suas tatuagens, o rapper declara: “quanto mais eu tenho, mais confiante me sinto”.
Austin Richard Post, conhecido como Post Malone, é um compositor, cantor e rapper natural dos Estados Unidos, famoso não só por suas músicas, mas também pela quantidade de tatuagens que possui em seu corpo.
Com muitas delas espalhadas, inclusive, pelo seu rosto, o rapper disse, em entrevista à GQ Magazine, que ter tatuagens lhe dá mais segurança em relação à sua aparência: “Onde eu não gosto da minha aparência, vou colocar algo legal lá”, declara.
E quando se trata de fazer tatuagens para aumentar a autoestima e ser mais confiante em relação à aparência, Post Malone não é o único. Diversas outras pessoas utilizam essa arte corporal para se sentirem mais bonitas.
Tatuagens são capazes de resolver problemas de autoestima?
As motivações por trás da decisão de eternizar palavras ou imagens na pele podem ser inúmeras. Há quem se tatue para registrar momentos, expressar opiniões ou homenagear pessoas importantes, mas há, também, aqueles que têm como principal estímulo o fator estético.
Na maioria das vezes, porém, os problemas de autoestima estão relacionados a questões internas, mais do que externas. Portanto, de acordo com Viren Swami, professor de psicologia social da Anglia Ruskin University, “a tatuagem em si não vai resolver ou se livrar da questão subjacente que causou o problema principal”.
O professor levantou um estudo sobre imagem corporal, as motivações e os impactos deste tipo de arte, tendo a tatuagem como principal foco. Os resultados obtidos apontaram a melhoria da imagem corporal, porém a curto prazo. Já a longo prazo, não houve pesquisa.
Viren Swami conclui que a tatuagem “pode ser uma pausa, de curto prazo, para algumas das dificuldades que você está enfrentando e como as expressa, mas esses problemas não desaparecerão, de repente, só porque você se tatuou.”
A transformação proporcionada pelas tatuagens
Entretanto, é inegável que a tatuagem — independente do que representa — transforma a parte do corpo em que é feita. Dependendo da visibilidade e do tamanho, pode mudar completamente a fisionomia da pessoa. E, como tudo na vida, trazer tanto benefícios quanto malefícios.
Alguns dos grandes exemplos do lado positivo dessa transformação são os casos de cobertura de cicatrizes causadas por doenças ou acidentes, pois tatuar um local que possui uma lembrança de dor e sofrimento é uma maneira de ressignificá-lo, tornando-o belo.
É o caso de Maxine Stacey, uma jovem de 24 anos que foi atropelada durante as suas férias, em 2019, e, como consequência desse sério acidente, teve seu braço gravemente quebrado, necessitando passar por uma cirurgia.
Apesar do procedimento ter corrido bem e a jovem não ter tido sequelas motoras, a cicatriz gerada a incomodava ao ponto de só vestir peças de roupa que cobrissem totalmente os seus braços.
Assim, ela mesma era impedida de olhar a cicatriz e fazia com que as pessoas não perguntassem o que havia acontecido. “Olhar para o meu braço e não sentir que era feio, fez uma enorme diferença para minha confiança”, diz Maxine.
No entanto, como já foi mencionado, também pode haver desvantagens em torno dessa mudança externa, e o maior exemplo disso pode ser notado no âmbito profissional, especialmente por aqueles que estão em busca de uma vaga no mercado de trabalho.
Infelizmente, ainda há um certo tabu em relação às tatuagens, sobretudo as maiores e mais chamativas, que tendem a ser classificadas como inapropriadas para grande parte dos gestores, principalmente em áreas mais tradicionais, como a militar e também a de saúde.
Além disso, a Lei da Igualdade, de 2010, não abrange tatuagens. Dessa forma, fica a cargo dos empregadores contratar ou não um funcionário que as possua. Portanto, antes de fazer tatuagens grandes em partes mais visíveis do corpo, é importante levar seus objetivos profissionais em consideração.